Empresa chinesa compra área no Brasil com resíduos de urânio
A empresa chinesa China Nonferrous Trade (CNT) comprou a reserva de urânio de Pitinga, no estado do Amazonas
atualizado
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A empresa chinesa China Nonferrous Trade (CNT) comprou, nessa terça-feira (26/11), uma mina de estanho no estado do Amazonas por cerca de R$ 2 bilhões. Inicialmente foi divulgado e publicado nesta reportagem que a área teria a maior reserva de urânio do Brasil, mas essa informação foi corrigida. O local, na verdade, tem resíduos de urânio, mas os chineses não têm autorização para minerar o elemento, que é radioativo.
A reserva de Pitinga é reconhecida pela riqueza de minerais estratégicos. A CNT é uma subsidiária da China Nonferrous Metal Mining Group Co, que pertence ao governo chinês.
Segundo a Mineradora Taboca S.A, “no dia 26 de novembro de 2024 a Minsur S.A. assinou um acordo de venda para transferência de 100% de suas ações da Mineração Taboca S.A. à empresa China Nonferrous Trade Co. Ltd”.
Na terça, o governo do Amazonas foi informado pela mineradora Taboca, que opera desde 1969 na região da hidrelétrica de Balbina, em Presidente Figueiredo, que 100% de suas ações foram vendidas aos chineses.
A reserva de Pitinga fica a 107 km de Manaus e é considerada uma das mais promissoras reservas minerais do Brasil, visto que é rica em minerais estratégicos como nióbio, tântalo, estanho e tório. Esses recursos são essenciais para indústrias de alta tecnologia e são usados na fabricação de turbinas, foguetes, baterias e satélites.
“Este novo momento é estratégico e constitui uma oportunidade de crescimento para a Mineração Taboca, pois permitirá que ela tenha o a novas tecnologias para se tornar mais competitiva e ampliar sua visão e capacidade produtiva”, informou a mineradora em comunicado.