Greves: Ibaneis diz que não avançará em pautas de reajuste salarial
Governador do DF afirmou que não pretende ceder a pedidos de reajuste das categorias paralisadas e que greve dos professores é “abusiva”
atualizado
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O governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou, na manhã desta quarta-feira (11/6), que não avançará em “qualquer pauta que diga respeito a reajuste de salário” com as categorias que decretaram greve no Distrito Federal.
“Estamos vivendo um momento no Distrito Federal em que temos de ter cuidado com as contas públicas. Então, reajuste salarial para qualquer categoria só vai acontecer no próximo ano, depois que estivermos com as contas todas equilibradas”, comentou Ibaneis durante um encontro com empresários.
O governador acrescentou que não vai “governar para sindicatos” e que a greve dos professores foi considerada “abusiva” pela Justiça. “Quero saber quantos dias eles vão aguentar com o corte de ponto. Vamos levar essas medidas aprovadas pela Justiça até o último nível”, completou o chefe do Palácio do Buriti.
Ano pré-eleitoral
Nessa terça-feira (10/6), os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram manter a greve, iniciada no último dia 2. O movimento paredista entrou no 10º dia nesta quarta-feira (11/6).
“Nessa questão da Educação, fizemos, a pedido deles, na última greve, em 2023, o reajuste para todos os servidores. E ainda nem terminamos de pagar. Só terminaremos em 2026”, declarou.
O governador comentou ainda que, provavelmente, outras greves serão anunciadas neste ano pré-eleitoral. “Sabemos que os sindicatos aqui são comandados pela esquerda, e temos bastante tranquilidade em dizer que nosso canal de diálogo está aberto”, afirmou.
Por fim, Ibaneis destacou que a lógica adotada será a mesma diante da paralisação dos enfermeiros: “Fico com pena, porque essas são duas áreas [educação e saúde] em que a população sofre muito. Mas é uma questão que eu não posso evitar. O direito de greve está previsto na Constituição”.