SP: lesão corporal seguida de morte contra mulheres e estupros crescem
Os registros de lesão corporal seguida de morte envolvendo mulheres aumentaram 450% em um ano. Dados são do Mapa da Segurança Pública 2025
atualizado
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O estado de São Paulo registrou um aumento expressivo de casos de lesão corporal seguida de morte envolvendo mulheres. Segundo o Mapa da Segurança Pública 2025, divulgado nesta quarta-feira (11/6) pelo Ministério da Justiça, o número de vítimas nesse tipo de crime ou de dois para 11 casos em apenas um ano, o que significa um crescimento de 450%. Isso representa o maior número absoluto de mulheres mortas nessas circunstâncias no Brasil.
No geral, o total de lesões corporais seguidas de morte apresentou um aumento significativo: de 82 casos, em 2023, para 137, em 2024 (alta de 67,07%). A capital paulista lidera o ranking nacional, com 29 casos, em empate com o Rio de Janeiro.
Feminicídios
Em 2024, São Paulo teve 253 feminicídios. O aumento foi de 14,48% em relação ao ano anterior. No recorte por municípios, em 2024, a cidade de São Paulo registrou maior número absoluto de feminicídios, com 51 vítimas. Em Guarulhos, foram 9.
Estupros
- Em 2024, o estado de São Paulo contabilizou 15.989 vítimas de estupro.
- Em comparação a 2023, houve um aumento de 5,26%.
- A taxa estadual em 2024 foi de 34,78 vítimas por 100 mil habitantes.
- Do total, 13.790 vítimas eram mulheres, ou seja, cerca de 86% dos casos.
- São Paulo tem o maior número absoluto de vítimas de estupro no Brasil, tanto no geral quanto entre mulheres.
- O Brasil registrou 83.114 vítimas de estupro em 2024, o maior número dos últimos 5 anos. A média nacional diária chegou a 227 vítimas por dia.
Mapa da Segurança Pública
Publicado anualmente, o relatório do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil usou dados de 2024. A metodologia consolida informações do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).
Entre os indicadores atuais no cenário de violência em São Paulo, estão as mortes por intervenção de agentes do estado: aumentaram 61,31%. Além disso, as apreensões de armas de fogo subiram 24,78%. Já as chamadas “mortes a esclarecer sem indício de crime” somaram 5.183 registros, com uma taxa 12,09% maior em relação a 2023.