Bebê sofre dano cerebral grave após ter contato com vírus comum
Jed Scanlon ficou com sequelas permanentes após ser diagnosticado com encefalite viral aos 6 meses de idade, após sofrer infecção viral
atualizado
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Uma mãe da Irlanda do Norte tenta conscientizar outras famílias sobre os perigos da infecção pelo vírus herpes labial em bebês depois que seu filho sofreu danos cerebrais graves com apenas 6 meses de vida.
“Jed nasceu muito saudável. Durante os primeiros seis meses ele estava prosperando muito, até que ficou doente. Ele foi diagnosticado com encefalite viral, um inchaço cerebral potencialmente fatal, depois que o vírus do herpes labial entrou em seu fluido espinhal e atingiu o cérebro”, conta Amanda Scanlon, 39 anos, nas redes sociais.
A norte-irlandesa usa o TikTok para compartilhar o desenvolvimento do filho e a rotina como mãe de uma criança com necessidades especiais. Ela conta não saber como o filho teve contato com o vírus, uma vez que nem ela nem o marido têm histórico de infecção pelo herpes labial.
Em um dos vídeos compartilhados, Amanda conta que os primeiros sintomas de Jed foram repentinos. Eles começaram com febre alta em uma noite de domingo, o que ela pensou ser apenas um sinal do nascimento dos primeiros dentes do bebê.
Sem apresentar melhora, o bebê foi levado ao hospital pelos pais e voltou para casa com a prescrição de antibióticos para tratar uma infecção de ouvido e de garganta. Mas dias depois ele acordou com a pele acinzentada, febre alta e não parava de vomitar.
Exames para sepse e meningite bacteriana não apresentaram sinais de doença. Mas, na quinta-feira, Jed sofreu três convulsões graves e a análise do fluido espinhal após uma punção lombar revelou que o menino tinha encefalite viral provocada pelo vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1).
“Quarenta e oito horas depois, recebemos os resultados e nosso lindo menino nunca mais foi o mesmo”, disse Amanda.
Complicações pelo vírus herpes
O vírus herpes simples (HSV), conhecido como herpes labial, é uma infecção comum que pode causar bolhas ou úlceras dolorosas na maioria dos casos. A transmissão ocorre principalmente pelo contato pele a pele e o vírus pode ar a maior parte do tempo adormecido. A condição é tratável, mas não tem cura.
Embora seja inofensivo para a maioria das pessoas, em indivíduos imunocomprometidas, o herpes pode levar a sintomas mais graves e recorrências mais frequentes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), complicações raras do HSV-2 incluem meningoencefalite (infecção cerebral) e infecção disseminada. Raramente, a infecção pelo HSV-1 pode levar a complicações mais graves, como encefalite (infecção cerebral) ou ceratite (infecção ocular).
Hoje com 3 anos, Jed continua a sofrer as consequências da infecção. O menino tem crises de epilepsia com convulsões todas as noite e sofre de atrasos no desenvolvimento cognitivo e ainda não consegue falar. Ele anda e se alimenta com as mãos.
“Estamos absolutamente devastados. Eu sabia que o vírus da herpes era perigoso, mas não imaginava que pudesse causar danos cerebrais em uma criança”, contou Amanda ao jornal The Sun.
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